quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Prólogo

Minha última postagem foi em 2018. Naquela época, eu estava sem rumo e sem esperanças. Levou quase cinco anos para eu voltar aqui e, nesse meio tempo, muitas coisas aconteceram. Passamos por uma pandemia, meu pai faleceu e eu me perdi dentro de mim mesma.

Em 2018, fechamos a NU, a empresa de estampas que eu tinha junto com meu marido, e a partir daí fomos em busca de novos caminhos em nossas vidas. Durante esse tempo, surgiu a oportunidade de administrar um café, o que foi incrível, porém infelizmente a pandemia chegou e encerrou essa tentativa de uma nova guinada.

Ainda na Pandemia, meu “conju” resolveu fazer uma nova graduação e deu certo demais para ele. Já eu, me perdi na minha própria procrastinação, adormeci. Acordei um pouco tempo depois, graças a uma isca de fermento natural que ganhei, e descobri que dentro de mim existia uma cozinheira adormecida, uma padeira em construção.

No início dessa descoberta, meu pai faleceu e, mais uma vez, fiquei paralisada. Deixei o tempo passar, procrastinei um pouco mais até que fui "salva" pela panificação. Quem diria que aquele Tamagotchi de adulto iria me ajudar tanto. Ao cuidar, nutrir e utilizar meu levain, aos poucos fui adquirindo conhecimento básico sobre como fazer pão. E não, eu não me contento mais com o básico, eu quero explorar não apenas o mundo da panificação, mas também da culinária em geral.

E é por isso que estou retornando ao blog, porque decidi estudar. Atualmente, estou cursando meu primeiro período do curso tecnólogo em Gastronomia. Não sei o que o futuro me reserva, mas sei que não quero voltar ao estado de estagnação. Darei  o que eu puder para nunca mais desaparecer.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Novos tempos

E eu achando que 2013 tinha sido o pior ano da minha vida, ledo engano! Anos piores virão, não seria natural a vida amolecer, mas, este ano está de parabéns. Aninho ruim da porr@! A sensação que eu tenho é que 2018 veio pra me destruir, sério mesmo. Quando eu pensei que eu teria um sossego, vieram as eleições.

Em 2015 eu estava viciada no talk show da Chelsea Handler na Netflix, e ela sempre tinha um(a) convidad@ especializad@ diretamente ou indiretamente em política. Vi acontecer lá nos Estados Unidos, a desinformação, o grito e a histeria ganhar as eleições. Acompanhei atenta. Aconteceu aqui igualzinho a lá. O mundo inteiro falou, mas as notícias falsas e a falta de interesse das pessoas em se informarem, venceram. Vi tudo isso e a ascensão da popularidade do Coiso aqui no Brasil, eu sabia o risco que corríamos, mas a danada da “estranha mania de ter fé na vida”, essa maldita que nunca me abandonou, me fez crer que o Brasil era maior que o Monstro. Daí vocês podem imaginar como eu estou me sentindo agora.

Eu me considero uma pessoa bem otimista. Só deixo de acreditar em algo, alguém, quando não tem mais saída mesmo. É com um pesar imenso que digo: essa Cecília morreu ontem. Parte de mim se foi, talvez ressuscite até o final de semana, talvez não, não sei. Hoje meu otimismo já não mora mais em mim. Gostaria muito de acreditar num futuro melhor, nesse futuro que as pessoas estão celebrando, queria mesmo, de coração. No entanto, as notícias de ontem para hoje já me deixaram sem chão, sem perspectiva. As pessoas andam más, perversas, não amam mais ao próximo, desejam a morte de todo@s aquel@s que são diferentes. Gosto disso não. Honestamente, Deus me livre dessa gente de bem!

Não é de minha índole desejar o mal de ninguém, porque acredito que tudo que vai, volta. Sou escorpiana, vingativa e rancorosa, guardo muitas raivas em mim e assim que eu tenho a oportunidade eu alfineto mesmo, sem medo de ser feliz. Já fui cruel algumas vezes na minha vida, nunca intencionalmente, mas o sangue falou mais alto que a razão. Magoei, nem sempre pedi desculpas. Não sou perfeita nem de longe, nem de perto, sou humana. Posso estar errada em me afastar de algumas pessoas que já foram muito queridas, mas neste momento eu não posso estar junto de quem fere a existência das pessoas que eu amo e da minha própria. Não desejo mal algum pro Brasil, de forma alguma. Eu espero estar bem errada e que esta nova gestão não seja o lixo que eu imagino. Mas, se ela favorecer apenas aos ricos, os brancos, ao Edir Macedo, e milhares, e milhares de pobres, nordestinos, negros, índios, LGBTTq+ forem exterminados, espero que isso recaia sobre a consciência de todos os eleitores do Bozo que assistirem calados a barbárie. 


A humanidade sempre foi assim. O ser humano cria coisas maravilhosas e sempre terá um alguém que utilizará daquilo para mal. Foi assim com o avião, é assim com a internet! Para o bem da minha sanidade mental, vou dar um tempo das redes sociais. Vou voltar a ler meus livrinhos, voltar a malhar o meu cérebro. Vou procurar me redescobrir e me redesenhar. Hoje eu estou com a moral baixa, triste e chorosa, mas isso passa, e assim que eu me realinhar voltarei a ser resistência. Meu aniversário está chegando, uma nova idade está vindo e uma nova Cecília surgindo. Aguardem!

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

EU

Eu, Cecília Japiassú Porto, tenho sobrenome tupi-guarani, não tenho provas, mas devo ter sangue indígena correndo nas veias. Sou "branca", hétero, cisgênero, nordestina, nascida no Recife, criada em João Pessoa. Sou formada em comunicação-social, estudei e trabalhei com cinema. Sou apaixonada pela literatura latino-americana, tanto que minha monografia foi sobre o realismo fantástico na teledramaturgia brasileira.

Esta introdução toda é para esclarecer que, mesmo eu sendo “branca”, hétero, cis, educada, sempre serei uma sub-raça aos olhos dos fascistas. Meu sangue não é puro, meu sobrenome denuncia minha talvez-não-ascendência indígena e sou o” pior do Brasil: nordestina. Essa parte do pior é na cabeça deles, dos xenófobos, não na minha que amo e tenho orgulho de ser nordestina. E que fique bem claro aos que acham que são puro sangue: nasceu no Brasil, é latinx. Somos todos frutos do terceiro mundo. Tudo sub-raça.

Aos que vão dizer que por eu ter estudado e trabalhado com cinema, sou vagabunda e mamei nas tetas da Lei Rouanet por isso defendo governo petista. Nunca recebi verba da Lei Rouanet. Nunca defendi governo. Eu defendo o que eu acho certo, independente de partido político. Sempre disse e vou continuar dizendo: não me filio a partido político, nem a religião, porque eu não gosto de ser tolhida, gosto de ter a liberdade de ser e pensar o que eu quiser. Acho sim que tem que haver leis de incentivo à cultura. Educação, cultura, esportes são o futuro, serão as oportunidades que farão os jovens sair da criminalidade, é a perspectiva de algo melhor, que trará um fio de esperança para aqueles que acreditam que o crime é a única saída. Se eu estou certa, eu não sei, mas é o que EU acredito.

Vocês sabiam que o movimento do realismo fantástico se popularizou na América Latina por causa da ditadura militar? Era através dos elementos mágicos, místicos e oníricos, que os autores conseguiam se expressar politicamente e relatar toda violência vivida. Tudo em pequenas nuances, claro! Eu amo a literatura latino-america e por isso acabei lendo muito sobre a ditadura. Leituras pesadíssimas como: A festa do Bode (Ditadura na Répubica Dominicana) de Mário Vargas Llosa; A casa dos Espíritos (Ditadura no Chile) de Isabel Allende, que é um livro lindo e um soco no estômago; acredito que é o mais relevante de todos diante o cenário atual. Leiam! Se não quiserem, assitam ao filme, não tem a riqueza do livro, mas o que importa está lá. No elenco tem Meryl Streep, Jeremy Irons, Glenn Close, elencão da porra. Acho que está na Netflix. Não podemos nos cegar diante do que está acontecendo. Não sejam o Esteban Trueba. 


E por último, gente, empatia. Amor ao próximo. Não é porque é diferente de você que não deva existir. Eu digo não à violência. Não ao fascismo. Não tenho intenção nenhuma de ferir, apenas de tentar trazer um pouco de lucidez e luz para esses dias tristonhos e desesperançosos.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Feliz banheiro novo

O último texto que fiz foi relatando o telhado e o jardim. Eles continuam em ordem, já choveu e até agora infiltração zero. Já inauguramos a parte da frente. Na verdade não inauguramos, foi mais, tipo, um evento teste. Tem potencial! 

Sei nem o que contar agora porque na verdade o grosso da obra já acabou. A casa ficou linda. Spoiler alert. Mas, como eu comecei a contar a história da obra, agora eu tenho o dever cívico de concluir. Pois bem, decidi que agora é hora de dar um final feliz ao banheiro feio. Vamos falar sobre ele.

No dia 18 de setembro, acho, fiz um texto falando sobre o banheiro social, que era rosa com o piso marrom. Na verdade ele era antissocial, né? Ele era utilizado porque era necessário. Agora ele está tão lindo que dá vontade até morar nele. Mentira! Dá não. Mas, está bem mais agradável. Falta umas coisinhas ainda para ele ficar 100%, porém, estes 90% já dá para conviver bem com ele. Muito melhor que quando ele era rosa. Rosa bebê, gente. Dava não. 

Agora ele é branquinho e azul pavão. Ele flui. Ganhamos muito espaço ao decidir trocar a pia de local. Continuamos com a máquina de lavar lá dentro, mas agora até que ficou charmosinha. O porcelanato, que não é cimentício, substituiu o marrom! O banheiro está muito harmonioso. E lembrando que o azulejo não foi trocado, foi apenas pintado. Está bem delicado, qualquer coisa saí um lascão, entretanto, preferimos isto a ele rosa-bebê-que-ninguém-merece. Dentro do box do banheiro usamos uma tinta especial para pintar azulejo da Sherwin-Williams, a mesma que utilizamos no nosso banheiro. Só que Super Seu Elinaldo pensou numa forma mais barata para pintar os azulejos - ainda íamos pintar a cozinha - e utilizou tinta para parede normal. Na cozinha deu mais certo que no banheiro. No frigir dos ovos: funcionou. O banheiro está branquinho com uma pitada de azul pavão para dar aquele charme maroto. E sem esquecer que agora ele tem tomada. Não precisamos mais de extensão para ligar a máquina de lavar. ;)

Entre o vaso sanitário e a máquina de lavar queremos colocar um biombo. Falta verba no momento, mas temos fé que haverá; não achamos nenhuma cortina de banheiro digna do nosso banheirinho. E o espelho do banheiro está em produção ainda. Reza lenda que ficará pronto esta semana. Oremos.

Agora vamos as fotos.

O espelho dará um charme extra.

Sem box. E branco. <3

O biombo será entre o vaso e a máquina.
Piso clarinho.

Artigo vintage que estava no quarto d'Priska

No final do relato da obra, mostro todo o antes e depois. Agora quem tiver curiosidade para relembrar de como era o banheiro antes, é só acessar o http://cecilianalua.blogspot.com.br/2017/08/tchau-banheirinho-feio.html

Por hoje é só. No próximo capítulo contaremos a estória do "fuiu".

Beijos.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Era uma casa muito engraçada

Como prometido esta postagem é sobre o telhado e o “jardim”. Para falar do telhado temos que falar sobre o danado do pé-de-cajá da vizinha. Ele é imenso. Ele é frágil. Ele quebra nossas telhas e tira nossa paz. Já tivemos altos sustos com os galhos dele caindo sobre nossas casas. Olhe, é uma bronca. Mas acho que conseguimos convencer a vizinha - na justiça -  que o pé-de-cajá é um risco e deve ser eliminado. Eu juro que sou prol a natureza. A árvore continua no lugar dela, o que pode colocar as nossas telhas em risco. 

Mas, resumo feito, vamos ao que interessa. Quando subimos na laje na casa para fazer o telhado. Seu Sérgio subiu na laje para fazer o telhado. Existia vida. Existia adubo natural. Tudo derivado da cajazeira. Estava verdinho. Até bonitinho. Porém, como a casa não tem forro é só a laje mesmo, estava tendo muita infiltração na casa e estava se fazendo umas rachaduras, que delas vazavam do adubinho. Creia!

Todas as telhas da casa foram retiradas e limpas. A laje foi toda limpa e as rachaduras e buracos foram tapados. Essa parte técnica com os nomes certos quem sabe com riqueza de detalhes é Paulinho. Confesso que como eu não vejo o telhado eu não estive muito presente no processo de seu conserto. Mas resumindo: tudo que estava errado, agora está certo. O negócio agora está organizado. As telhas danificadas foram substituídas. Tenho fé que não teremos mais problemas de mofo, umidade dentro da casa e infiltrações. Que assim seja.

O jardim que desde que Paulinho veio morar na casa nunca foi jardim. Até tentamos uma vez fazer um jardim de pedra, mas o mato sem futuro tomou de conta e a gente ficou tão triste e decepcionados que nunca mais tentamos fazer mais nada. Agora que não ecxiste mais os matinhos nosso coração se abre para plantinhas em vasos. Vai ficar legal. Com o tempo acredito que os amigos irão sugerir plantinhas resistentes a sol e que não precisem de muita água. Confesso que não sou muito boa nessa de aguar. Esqueço totalmente. Quando dou fé, a plantinha morreu.


O espaço desde o desmatamento ficou bem grande. Vai render umas festas boa, viu! Boto fé. Eu não digo é nada. Cansei de escrever, perdoe. Vamos as fotos (que é o que interessa). 

Havia vida no telhado.
Tudo da cajazeira.

Lixo da cajazeira


Eu na laje. Morta de medo. hihi

Limpinho e organizado

Agora sim.

<3




Essas florzinhas foram relocadas.

Não ecxiste mais esse matinho SF


No processo.
O lixo de obra serviu para cimentar o jardim.
Bora fazer uma festa?

Tem plantinhas. 

Por hoje é só! ;)

Beijos.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

A obra continua

Gente, acabei de me dar conta que faz um tempaço que eu não posto nada. Não foi por mal é porque a vida aconteceu mesmo. Super Seu Elinaldo é humano no final das contas e ficou doente, aí tivemos que fazer uma pequena pausa na reforma. Quando ele melhorou, minha avó foi hospitalizada, aí foi aquele vai-e-vem de hospital. Minha mãe se recuperando de um procedimento cirúrgico. Tivemos um evento para participar em Pipa. Enfim, muitas coisas aconteceram e tudo deu certo. Amém!

Voltemos a obra. Acreditamos que estamos na reta final. Acho que daqui a um mês terminamos tudo. Vamos ter fé, meu povo! O banheiro social foi pintado, o piso novo foi colocado, faltam alguns detalhes, mas estamos caminhando para o fim. O telhado está joiado. Acreditamos que infiltração nunca mais. Oremos. Os matinhos sem futuro foram eli-mi-na-dos. Desculpa, mãe natureza. Prometo cuidar de umas plantinhas bonitas e organizadas em jarros. Nosso quarto está aos poucos tomando vida e cores. Está tudo se encaminhando. Já estamos nos sentindo numa casa nova.

Neste exato momento Super Seu Elinaldo está fazendo os reparos na cozinha. O furo da cozinha americana já se faz presente. Nunca pensei que fosse ficar feliz com um mega buraco. A vida adulta tem dessas coisas. O ruim é que como a obra chegou na cozinha não temos mais como fazer comida em casa. Essa parte é muito chata. Se eu postar uma foto de como está minha sala/cozinha vocês choram comigo. Ô sofrência.

Por hoje é só. Amanhã postarei fotos da parte externa da casa. Telhado e “jardim”. Depois faremos uma postagem dedicada ao banheiro social semi-pronto e quem sabe deixo vocês sofrendo comigo por causa da sala/cozinha.


Beijos.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Tchau banheirinho feio

Eu prometi uma postagem e não cumpri. Semana passada foi intensa, cheia de emoções, babados fortes, mas acabou que deu tudo certo e agora está tudo tranks. Por isto não mostrei o banheiro social, como havia dito que eu iria fazer! Eu tardo mas não falho. A postagem vem com atraso, mas ei-la aqui.

Desde semana passada voltei ao aconchego do meu quarto. Está tudo lindo e em paz. Graças a isto, conseguimos ter um cômodo da casa limpo e livre de obra. O que faz com que o terror da reforma diminua um pouco. Porque, gente, não é nada fácil sair do seu quarto e ser recepcionada por uma nevoeiro de pó. Para ser bem franca é um pouco desesperador. Mas, enfim, o quarto é nosso refúgio e só por isso já está bom demais.

Vamos falar sobre o banheiro feinho. Era uma vez um banheiro com o piso marrom, com os azulejos rosa bebê, uma parede branca com o pé direito alto disnivelada e um vaso sanitário cinza. Ele era um desastre, porém era o que a gente tinha. Tem! Porque ele está ainda mais feio, para poder ficar bonito. Como além de banheiro, ele é nossa área de serviço, ficava muito desconfortável a utilização do espaço. Então, sempre que pensavámos numa reforma, o banheiro social era sempre uma prioridade, já que ele tinha essa função de área de serviço. Mas, creiam, ele não tem um ponto de tomada. Para usar a máquina de lavar, tinha pegar uma extensão, puxar a energia do quarto, ficar com um fio no meio do corredor. Olha, era um saquinho! “Mas nossos problemas se acabaram-se”. Seu Super Elinaldo está resolvendo todas essas broncas. Vai incluir pontos de tomadas. A pia de lavar a mão vai mudar de lugar. A área de serviço ficará no mesmo cômodo, embora setorizada. Vai ficar organizado.

Enquanto não fica pronto deixo vocês com fotos para visualização de como estava e de como está.
a pia será ao lado da porta

A área de serviço será debaixo da janela
Não dá para notar, mas o vaso sanitário é cinza o ó.

Encanamento já foi feito.



Beijos.