Lembrei-me que quando criança, caí na piada mais infame que já existiu! Estava na casa da minha avó, brincando com a filha da lavadeira, Erinalva.
Erinalva resolve fazer uma brincadeira comigo, e pergunta:
- Pita e Repita foram atravessar a rua. Pita morreu. Quem ficou?
Eu respondi, muita certa da resposta.
- Repita.
Erinalva, por sua vez, retornou a perguntar.
- Pita e Repita foram atravessar a rua. Pita morreu. Quem ficou?
Eu voltei a responder.
- Repita.
Cinco minutos depois, Erinalva continuava a perguntar.
- Pita e Repita foram atravessar a rua. Pita morreu. Quem ficou?
Eu, por minha vez, continuava respondendo.
- Repita.
Quinze minutos depois.
- Para com isso, Erinalva. Tá bom de fazer a mesma pergunta.
Ela insiste.
- Pita e Repita foram atravessar a rua. Pita morreu. Quem ficou?
Eu, já puta da vida, sem entender o que raios ela estava fazendo. Resolvi tomar uma satisfação.
- Não quero mais brincar disso. Essa história é muito chata e não sai do canto.
Erinalva desolada da vida, entendeu que eu era um caso perdido e resolveu acabar com a brincadeira.
- Bem, eu tava esperando você entender a piada, mas como tá difícil, vou te explicar. Pita e Repita são duas cadelas. Uma morreu atropelada e a outra sobreviveu... quem sobreviveu?
Eu.
- Já te disse que era a Repita!
Erinalva.
- Re-pi-ta! Entendeu?! Re-pi-ta! Erre, é, pê, í, tê, à. Repita!
Eu.
- Ah! A brincadeira era essa? Tinha entendido não.
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